O HOMEM E A NATUREZA

Egmar Felippe
Terapeuta Holístico

Muito tem se falado a respeito do respeito do ser humano com a natureza. E pouco se tem feito.
Relatos históricos e registros fosseis demonstram que mesmo nas mais remotas épocas já existia a destruição da natureza por seres vivos.
Mas o que é a natureza?
A natureza é tudo, sou eu, é você, somos nós é tudo de tudo. Pode parecer incongruência, mas o sintético é natural. Pense!
O ser humano por mais que queira, não consegue criar nada do nada, ele precisa sempre de alguma base. E a base é a natureza.
Agora,  a relação entre homem e natureza  está muito deturpada.
Em busca do vil metal o ser humano está esquecendo que precisa de uma base para se sustentar.  A própria natureza já demonstrou que tem a capacidade de se regenerar, mas a contagem de tempo é muito diferente entre a da mãe natureza com a nossa.
Há uns tempos atrás deu um pé d’água na floresta amazonica e derrubou alguns milhares de árvores (até nisso a natureza e pródiga – derrubou em questão de alguns minutos o que demorariamos alguns meses), estudos feitos mostram que serão necessários algumas décadas para a sua restauração.
O homem está esquecendo de onde veio e não quer saber para onde vai, o importante é enriquecer. Não damos mais tanta trela às pessoas idosas que tomavam o bendito chazinho para tudo. Mas os velhos estão cada vez mais velhos e os novos morrendo mais novos.
Porque isso? Sou do tempo que o grande problema da humanidade era: sexo, drogas e rock and roll. Sexo, nossas crianças começam muito mais cedo do que pensamos e esperamos; drogas cada vez mais potentes e o rock and roll.....praticamente extinto. Invertemos valores cortamos os laços com nossas raizes, rejeitamos as nossas origens.
Me perdoem.... mas nasci para comer carne e não hambúrguer, poxa tenho enorme prazer em comer um velho e tradicional picadinho...... é carne aos pedaços com batatas cozidas. Não sinto o mínimo prazer em comer hambúrguer com batatas fritas.
Não colocamos mais a mão na terra, lembro-me que quando criança rolava pelo chão, fazia buracos na terra, construia tuneis para passar com carrinhos de madeira. As unhas viviam de luto como dizia minha avó. Sentia o cheiro da grama, e em plena São Paulo, colhia espigas de milho para que minha mãe cozinhasse e tinhamos ovos frescos todos os dias.
Hoje as crianças acham que o leite vem da caixinha, e ficam embasbacadas com quem coloca a gema e a clara dentro do ovo. As coisas perderam o gosto em prol de uma produção maior e extinguimos algumas coisas.... quem se lembra da manga coração de boi. Era muito grande, hoje é praticamente inviável a sua produção, só existe a manga haden.... mais fácil e maior poder de produção.
Era comum em viagens irmos apreciando a paisagem pelas estradas....hoje você viaja de São Paulo para Minas Gerais e a paisagem não muda...... cana, cana, cana...... e cana.
O que eu, o que você,  o que nós poderemos fazer?
Tá certo que não deveremos renegar o progresso, devemos renegar a vontade voraz de destruição, não o progresso. Lembro-me do trabalho que era me corresponder com alguém....
Arrancar a folha de um caderno, comprar envelope, comprar selos, selar a carta e colocar na caixa dos correios, e quando resolvia falar demais tinha que ir até a agência dos correios, a carta pesava mais.
Hoje:
Ligo o computador, entro no meu editor de e-mail, escrevo quanto eu quiser, clico “enviar”...feito!
Não desejaria perder isso, mas ao mesmo tempo espero que a moderna tecnologia consiga trazer qualidade e sabor às coisas novamente. E que a gente possa tratar de males menores com o chazinho que a vovó fazia com folhas que tinham no quintal.
Que possamos viver em paz com a nossa própria natureza e com  a Natureza.